Um blog sobre essa galera que habita as florestas e as cidades sem problemas com idiomas, enfim, esses e outros personagens de HQ, games e desenhos animados que nos cativam desde os tempos do Gato Phélix até hoje - os meus, e todos os seus concorrentes. Além de falar um pouco também sobre os aspectos técnicos desses personagens, afinal um dia eu ainda desenharei feito gente. Seja bem vindo ao mundo encantado de Igor C. Barros, e cuidado com o degrau!

sábado, fevereiro 18, 2006

Bonkers, Wuzzles... cadês vocês??


Este post se dedica a dois personagens que um dia a phamilia Trisney já chamou de philhos. Mas que hoje vagam por aí, com um rumo incerto, nos bares da vida. Um deles, talvez até você possa se lembrar. Já os outros...

BONKERS
Bonkers D. Bobcat, o popular Bonkers, apareceu pela primeira vez em 1992, em um programete um tanto chatinho demais para ele, chamado Raw Toonage - que, como tudo de ruim que eles phazem, chegou aqui no Brasil com o originalíssimo nome de "A Turma da Pesada", ao lado do personagem francês Marsupilami. Chamava a atenção por seu jeito expansivo, voz metálica e um topete loiro que só perde para o de Rosalyn Rockwell. Na verdade, eu não sei quem mais se parece com quem...
No ano seguinte, 1993, o personagem passa a ter uma série só para ele, onde ele torna-se policial ao lado do policial Lucky Piquel, um cara que, olhando hoje, parece o Gilberto Barros com mais cabelo. Os dois trabalham em Hollywood, que na série é uma cidade coalhada de seres humanos e de toons, alguns deles criminosos, outros não, em uma coexistência bem mais pacífica do que no filme do Roger Rabbitt. Uma série duca. Sensacional. Como somente Tiny Toon e Animaniacs conseguiram ser.
El segredo? Animação feita nas Filipinas! Esses filipinos, já que estão em um país que tem esse costume, deixam os animadores lá dos EUA repletos de escoriações!... (Costumeiramente, as Filipinas são apenas mostradas no notíciario ou por causa da política, ou por causa das pessoas que se mutilam na época da Páscoa cristã.)
O que eu não entendo é o seguinte. Houve um segundo ano da série, e Bonkers passa a contracenar com a policial Miranda Wright, uma espécie de Meg Ryan animada.
Mas a série sofre um downgrade: o traço já não é mais o mesmo, as cores e os movimentos já não são tão atraentes. E eu desconfio que, das Filipinas a série passou a ser animada nos Estados Unidos mesmo, preciso averiguar... Os filipinos tinham um talento impressionante pra coisa. Já os norte-americanos, somente os que trabalhavam no núcleo de longa-metragens de cinema, os de televisão deviam ser tudo estagiários, sei lá.
A série começava a perder o vinco. Principalmente porquê - isto é opinião minha - parece que mudaram o visual do Bonkers para ele ser mais phácil de desenhar, e acabaram tirando toda a graça dele...
Uma decisão política que meio que, assim, encerrou a carreira deste grande personagem. E um dos primeiros sinais da doença que mais tarde tomaria conta da empresa: a involução...
Bonkers foi um tanto mal aproveitado pelo SBT, e foi uma das primeiras atrações do programa Disney Club, em 1997. O curioso é que, no entanto, Bonkers apareceu antes na Rede Globo em 1994, em um boletim de atualidades produzido pela própria Disney, dublado em português e exibido no intervalo de alguns desenhos da empresa que eram exibidos na época, com Tale Spin. Esse mesmo programete mostrou, pela primeira vez no Brasil, a série "A Turma do Pateta", que também é de 1993.

THE WUZZLES
O ano: 1985. A empresa acaba de adotar o pomposo nome The Walt Disney Company, aposentando o humilde "productions" do título. E uma das primeiras decisões do recém-empossado Michael Eisner é voltar a produzir desenhos animados para a televisão. Os dois primeiros são os chatos, chatonildos e chatérrimos Ursinhos Gummi, uma série que ora me deixava sério, ora me dava raiva...
E os Wuzzles : uma turma phormada por animais que ao invés de meio-humanos, eram também-meio-animais, deu pra entender? Uma mistureba que só, talvez somente comparável à dos seres humanos que são metade-homens e metade-mulheres... ram ram, deixa pra lá, aí já é outro caso...
Apesar de, no meu modo de ver (faz parrrte) estes serem melhores, os Wuzzles só phoram vistos em 1986 na Rede Globo e... nunca mais sequer se falou deles! Em compensação os malogrados Gummis seriam reprisados ainda mais umas 4 vezes até a virada do século.
A única coisa que eu me lembro é que os protagonistas se chamavam Abeleão e Ursoleta (talvez tenha ficado na minha memória por causa da ex-quase-primeira dama Risoleta Neves). Não me lembro os nomes que os outros personagens tinham, nem os vendo na versão original em inglês.
Só consegui vê-los de novo, recentemente pela Internet. E é curioso, eles tem cara mesmo de "desenho dos anos 80", como aqueles que passavam no SBT, inclusive o estilo não lembra em quase nada os Ursinhos Gummi. Talvez a série podia até passar por uma produção da Hanna-Barbera. De repente eles foram uma resposta da Disney aos Ursinhos Carinhosos, sei lá.
Talvez por isso os Wuzzles foram pro Retiro dos Toons mais cedo... A série, segundo consta, só teve 13 episódios - o mínimo que essas séries geralmente possuem.

E por quê os Ursinhos Gummi eram tão chatos? Em breve discorrerei sobre o assunto, aguardemmm...

Em breve, mais sobre estes valorosos desenhos que sumiram e que não aparecem nem no Superpop!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Sei que minha opniao nao importa, mas vou da-la assim mesmo: eu nunca gostei do Bonkers, nenhuma das duas series que passou. Talvez a Disnei aproveitasse melhor a ideia com uma serie animada do Roger Rabbit. e eu acho que muita gente tb nao gostou, por isso que ele esta no limbo. Mas eh interessante como ha mais de 10 anos atras os UZA fazem desenhos que ate hoje nao conseguimos nem chegar perto (o horrivel, tanto no roteiro quanto na animacao, Xuxinha e Guto, sei la o que, eh a prova disso). Engracado, que o Brasil ja foi pioneiro na animacao em cg com o belissimo Cassiopeia (www.cassiopeia.com.br pros desavisados). Esse eh o triste third world...

Igor C. Barros disse...

Anônimo, Bonkers continua sendo uma das minhas séries favoritas. Embora eu ache que a história de Roger Rabbit, mesmo sem contracenar com seres humanos, somente em seu mundo original, poderia dar uma série muito melhor e que talvez fizesse muito mais sucesso, tornando-o realmente um personagem comercial assim como ele era na ficção.
Se os brasileiros não tem idéias, sei lá, eu continuo com as minhas próprias, ainda que os animadores brasileiros não as entendam ou não gostem delas (alô Portilho, aquele abraço). Uma hora quem sabe elas dão certo. Valeu!