"Um minuto de silêncio, galera... pelos americanos, também..."

* fala de Gil Brother, em um dos programas "Hermes e Renato".

Faleceu em 19 de janeiro, possívelmente, o pioneiro dos furries no Brasil: Ely Barbosa. Uma espécie de Walt Disney brasileiro, além de ter criado dezenas de personagens, também chegou a fazer desenhos animados - um deles é o famoso comercial da D.D.Drin, que chegou a ser reprisado em 2002 e atualmente está no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=9HmnCDo-ZhE

Um de seus irmãos é o escritor de novelas Benedito Ruy Barbosa. Ely talvez tenha sido o maior rival brasileiro de Maurício de Sousa, embora não houvesse rivalidade entre ambos, que eu saiba. Um gibi institucional criado por Ely Barbosa para o Colégio Augusto Laranja, no final dos anos 80, causou uma certa polêmica, porquê um menino se "apaixonava" pela laranja, mascote do colégio. Gibis institucionais também são uma das praias de Sousa.

Por incrível que pareça, Ely colaborou muito com a carreira de Silvio Santos! As histórias infantis narradas por Sílvio, lançadas em LPs e relançadas/redesenhadas no começo do século XXI envolviam a "Turma do Cacá", um de seus núcleos de personagens. Eles também apareciam, nos anos 70, em animações na abertura de alguns programas, não me lembro qual, mas eu vi no YouTube (e era dos anos 70 mesmo, não sei como alguém gravou isso, mas tá lá - ou melhor, aqui: http://www.youtube.com/watch?v=FrL155oKlXw)

Além da TV, com animações e bonecos até que relativamente bem feitos, como no programa da Band que eu cheguei a assistir (é, eu assistia peças de teatro em preto e branco, junto com o Dr. Chapatin), seus personagens também frequentavam tiras de jornais.
Seus personagens "Os Destemidos Amendoins", por muitos anos - inclusive adentrando o final dos anos 80, quando eles já estavam em declínio - foram os mascotes do produto Amendocrem, que existe até hoje.

Recentemente ele fazia HQs e tiras que só eram colocadas em seu site na Internet. Infelizmente não peguei essa fase, uma pena, poderia ter entrado em contato com ele. Talvez um dos poucos cartunistas aí de fora, do mainstream, que poderiam me compreender...

Ely Barbosa: ê saudade da peste, rapaz.