Um blog sobre essa galera que habita as florestas e as cidades sem problemas com idiomas, enfim, esses e outros personagens de HQ, games e desenhos animados que nos cativam desde os tempos do Gato Phélix até hoje - os meus, e todos os seus concorrentes. Além de falar um pouco também sobre os aspectos técnicos desses personagens, afinal um dia eu ainda desenharei feito gente. Seja bem vindo ao mundo encantado de Igor C. Barros, e cuidado com o degrau!

sábado, julho 22, 2006

Urso Snow, uma história de phracasso

O que aconteceu para um personagem com este visual
viver a penúria em que vive? Com a palavra, os telespectouvintes

Nascido em 1997 (ao menos no Brasil), quando a Nestlé introduziu seus cereais matinais por aqui através da parceria com a empresa General Mills, o urso Snow foi criado para combater um rival histórico e de larga experiência: o tigre Tony, há trocentos anos o mascote dos "sucrilhos Kellogg's".

O pior de tudo isso é que Snow entrou de salto alto no mercado, enfrentando um Tony um tanto enfraquecido. Desde mais ou menos 1998, Tony não aparecia muito bem desenhado nas embalagens (já chegou a ser até substituído, nos EUA, por atores e personalidades), fora o fato do personagem ser, digamos, un tanto viejo... ao contrário de Snow, que representava uma coisa nova, criativa, inédita, diferente! Uma espécie de Rosalyn dos cereais matinais. Dava pra ganhar fácil, mas... nem sempre as coisas saem como a gente quer, ainda mais quando nós somos meros cartunistas, não publicitários.
(PS: isso é só no Brasil. Tony acaba de ganhar um novo layout muito melhor, nos EUA, e que aos poucos começa a chegar ao Brasil. Segue, ténica, segue.)

Snow nasceu com outra cara, totalmente diferente, mais "cartoon". Chamava a atenção pelo seu vestuário, que de longe lembrava streetwear - só que o streetwear de verdade não tem essa combinação de boné amarelo, camisa vermelha e camiseta azul! Mas tá valendo. E pela atitude completamente 'cool', tratando as crianças como iguais, não com o ar professoral de Tony, que antigamente, as vezes até parecia saído de alguma fábula de Esopo, tamanho o estranhamento (muito embora, atualmente, eles tenham mudado isso também em Tony).
Isso fora as críticas que ele começou a despertar por causa da história de que ele daria um toque "a mais" de açúcar nos cereais - dizem as más línguas que o açúcar faz mal à saúde, sabe, aquela história (e álcool, que realmente faz, ninguém fala nada!)

Bem, o tempo passou e... Snow muda de cara pela primeira vez. Não temos registro dessa fase. O visual agora é sem linhas pretas, com linhas "coloridas" (que nem os Looney Tunes atualmente) e sem sombreamento. O personagem continua sorridente, como Timão de "O Rei Leão". OK.

Apesar de seguir muitas regras do chamado "bom design", o Snow desse jeito deve não ter dado certo, porquê o visual mudaria de novo, em 2004, para aquele que abre esta matéria, lá em cima. Um visual, digamos, profissional. Cheguei até a suspeitar que a Disney tivesse algo a ver com isso, já que o merchandising de todas as produções da Disney, de Mulan em diante, foi feito no Snow Flakes. Mas parece que não tem nada a ver.

Repleto de detalhes, de cavanhaque, sem óculos, sem boné, sem camisa aberta, sem disparar raios pelos dedos (que ficaram muito menos roliços do que em 1997) e em perspectiva, Snow tinha tudo para ser para o tigre Tony o que Topo Gigio, Joe Camel e Popeye foram, durante alguns anos, para Mickey Mouse (sendo que os dois primeiros nem desenhos eram!) Mas, mesmo com o outro lado não tendo desenhistas tão bons, não foi bem isso o que vem acontecendo...

Como é que pode isso??? Tony está em pior estado do que a paródia do Cláudio Lembo feita pelo Pânico na TV! E como é que um personagem com essa cara parece não estar dando tão certo quanto deveria?

A propósito, este blog está introduzindo possivelmente as maiores imagens do personagem disponíveis na Internet, tamanha é a indiferença do público à este personagem!
Sendo que uma delas é captura de televisão - "Bom Dia Mulher", da RedeTV!, onde uma apresentadora fazia merchandising da Nestlé em 2005.

Snow atualmente é um personagem que anda de skate, coisa que o personagem nunca fez com sua cara antiga. Apareceu apenas de uma forma um tanto pobre, em computação gráfica, que ficou muito atrás do desenho.

E outra coisa... e esta é um tanto desesperadora: o visual atual do personagem parece ter sido um insight de seu realizador, porquê até hoje só foram vistos mais dois desenhos do personagem, já em posição normal, e ambos são bem inferiores ao desenho principal.
Porquê é um insight? Principalmente pela idéia de mostrar o personagem em perspectiva, de baixo pra cima, fazendo ele parecer mais forte do que realmente é - na verdade, trata-se de um personagem com o físico normal...

Tony é "marombado" desde 1985, segundo o site da Kellogg's norte-americana, porquê foi nessa época que se deu o boom das academias de ginástica nos EUA e aqui no Brasil (eu me lembro da Silhouette, naquele shopping center que fica do lado da Gazeta, na Avenida Paulista, cuja dona fez até um comercial de televisão cujo bordão pegou: "*ram ram* Melhor!!"). E permance assim até hoje (muito embora eu, balzaquiano, não me lembre de nenhum outro visual de Tony que não o atual).

Snow está AUSENTE de sites oficiais da Internet, só aparece palidamente no site www.nestle.com.br, pequeno e perdido, enquanto Tony tem muito mais destaque no site da Kellogg's (também, é o carro-chefe de sua empresa).


Na verdade, eu diria que não fosse o fato de o produto ser da
Nestlé, a maior empresa de alimentação do mundo, que ganha rivers of money com seus produtos (vai comprar Nestlé pra ver se é barato!), é provável que hoje em dia Snow e seu cereal açucarated ficassem apenas na saudade.
A propósito: a Nestlé, nos EUA, comercializa o Frosted Shreddies, que são cereais INTEGRAIS açucarados. A versão sem açúcar chega a ser servida na rede de ensino. E nos EUA, a Kellogg's vende o Sucrilhos com 1/3 A MENOS de açúcar - exatamente o contrário da proposta inicial do Snow Flakes.

Caramba, estou vivendo o fim de uma era!! O que é, digamos, uma pena - muito embora o que vem a seguir não tem nada a ver com alimentação. É que eu quero um dia desenhar tão bem quanto o cara que fez esse visual atual do Snow Flakes, que eu não consigo saber de forma alguma quem e daonde seria. Só faltava ser o Sérgio Morettini de novo... Quando a hora e a vez do urso Snow vai chegar??? Com a palavra, a Nestlê... ops, digo, Nestlé.

segunda-feira, julho 17, 2006

EKKA: A indiferença continua

Ërnst Pokey, Kerla Ôrstrogologörg, Kèlvia Gutentag e Apolo Pårker se conheceram no Curso Superior da Universidade de Mecânica para Cortadores de Grama em Estocolmo. Começaram a cantar juntos após descobrir, durante alguns amassos no alojamento estudantil, que eles conseguiam cantar completamente ao mesmo tempo, como uma pessoa só - principalmente depois de tomarem anfetaminas. Kerla e Kèlvia fazem os vocais, e os dois restantes tocam os instrumentos mais importantes para a cultura sueca: o piano e o baixo elétrico de 8 cordas, além de serem os backing-vocals da dupla de ataque.
Quem escreve as músicas? Embora a maioria delas seja assinada pela dupla Pokey/Pårker, muitos afirmam que as músicas sempre foram de Mighel Sulivão e Paul Amassadas. Até hoje.

Revelados pelo concurso Ambervision em 1975, eles derrotaram seus oponentes (os Meninos Mudos da Grécia e os Cantores Instrumentais de Varsóvia) através da votação de Armando Saccomalo, que desempatou a disputa. Seu primeiro single foi lançado ainda aquele ano. Apesar de ser um single, suas 28 faixas fizeram muito sucesso. O grupo, ainda pobre, não tinha dinheiro para pagar as horas de estúdio suficientes para completar as músicas.

O nome do grupo foi decidido no ato de inscrição para o concurso da Ambervision, quando, notando as iniciais de seus prenomes, decidiu-se que o grupo se chamaria ËKKA. Porém, o nome não chegou ao primeiro single: a gráfica, gerida por norte-americanos, não tinha nenhum E com trema. Revoltado, então, Ërnst pediu que virassem o E ao contrário, como o símbolo matemático de existe, para que eles soubessem que os acentos existem e são uma dura realidade na maioria das nações de fala latina em todo o mundo - principalmente na Turquia, onde há acentos em todas as letras do alfabeto.

Começa a partir daí uma longa história... que só terminaria em 1987, quando a cantora Debbie Costner ultrapassou o EKKA nas paradas de sucesso com a canção "Foolish Beatles", que progressivamente apagou os sucessos da memória do público. Mesmo por quê, os CDs ainda não eram populares naquela época.
Apesar do ostracismo que marcaria o grupo desse ponto em diante, seus grandes amigos, como Aberbosa Beraldo (o eterno Bacrinha), Cid Mallandro, Raul Seixas Gil e José Kleber, sempre levavam o grupo aos seus programas de TV - mesmo por quê, não tinham condições de pagar outros, bem mais caros...

Atualmente eles vivem em um condomínio fechado perto de Las Vegas, onde cuidam dos filhos e tentam voltar a serem conhecidos como outrora, mesmo não conseguindo fazer com tanta destreza as coreografias do grupo.
Recentemente eles lançaram seu DVD "Acústico PlayTV", onde eles fazem versóes acústicas (e muito mais chatas) de seus maiores sucessos.

sábado, julho 15, 2006

Desculpem o jabá...

... mas visitem o http://igorcbarros.blogspot.com e ouçam o novo (novo?!) [in]sucesso do EKKA.
O Ekka é uma invenção minha, seria uma banda virtual formada por quatro raposas, que parodia ao mesmo tempo (é claro), o ABBA e também o Bucks Fizz, uma banda dos anos 80 que teve mais de 10 anos de carreira, mas que eu só conheci este ano... é mole?
Imagine o seguinte: o Trio Los Angeles com quatro integrantes e cantando como se fossem os vocalistas do Queen sobre a parte musical da Bonnie Tyler, e todos com os cabelos parecidos com os do McGyver. Pronto, defini eles! Na verdade eles nunca fizeram sucesso no Brasil e passaram longe de todas as coletâneas de músicas dos anos 80 que eu conheço, por isso que eu não sabia que eles existiam.

Enfim, banda mais virtual do que o EKKA não existe. Mesmo porquê existir, bem, eles não existem mesmo...
Não sei se existe coisa semelhante no meio furry, mas sei lá... me baseei em um documentário que eu vi sobre o ABBA, onde em uma parte o figurinista da banda mostrava uma roupa usada pela Agnetha ou pela Anni-Frid, não sei qual, em uma ocasião, que homenageava a fauna sueca. Em uma roupa um coelho, e em outra roupa, uma raposa.
Pensei: Quatro raposas suecas, cantando?... Let's do it! Let's dance! Let's dance across the floor! (Epa, essa música não é do Abba...)

O EKKA também vai começar a marcar presença no http://igorcbarros.furry.com.br, aguardem! Valeu gente, valeu, furries.

terça-feira, julho 11, 2006

Novidades no igorcbarros.furry.com.br

Estou vendo que o forte do meu site agora será a parte musical, já que eu não consigo competir com os desenhos dos outros sites de jeito nenhum... e olha que a Jen Seng parou de atualizar o site dela em 2004!

Acabo de adquirir um mega-reforço para a nossa parte musical, que é um software usado pelo meio profissional. O resultado serão músicas com muito mais qualidade, e principalmente, conseguindo imitar com exatidão os meus estilos musicais preferidos. Na verdade, você só vai se tocar que é mais uma música com o selo Igor C. Barros Cartoons porquê, como sempre, continuo sem ter backing vocals para cantar pra mim...

Confira:, direto desta página, a música "Veja como ele dança", onde eu imito o estilo de Giorgio Moroder (de filmes como Scarface e Flashdance). Só não ponho link pro arquivo porquê não sei se a Furtopia vai gostar. Nunca consegui fazer esse estilo direito nem mesmo com o XP-80.

Não sei se alguém acessa essa página (ou este blog), mas enfim, está aí. Um abraço a todos!