Eu sei, eu sei, não é furry. Mas inspirou muita gente - eu, inclusive.
Um livro recém-lançado nos EUA mostra que, a julgar pela sua obra, Charles Schulz (o criador de Snoopy) seria alguém de guardar rancor... ou pelo menos de boa memória. Muita coisa que aconteceu com ele próprio era transportada para as HQs sem dó nem piedade.
Charlie Brown se sentia meio isolado do mundo. Schulz não era diferente, e tinha uma relação um tanto distante com sua mãe. O próprio pai de Schulz era barbeiro, assim como Charlie já disse certa vez, quando ganhou como "prêmio" um corte de cabelo. De repente está aí o motivo maior de não haver sequer sombra da presença de adultos no traço de Schulz - embora no episódio de desenho animado "Flash Beagle" apareçam jovens...
O relacionamento conturbado entre ele e sua primeira esposa, Joyce, foi o inspirador do conturbado 'romance' unilateral entre Schroeder (o do piano) e Lucy - ela, sempre pedindo atenção, ele, entretido com sua arte... Patty Pimentinha seria inspirada em uma prima de Schulz (realmente, pensando bem, se você imaginar Charlie Brown e ela como 'primos', nada do que eles passam ou fazem perde o sentido.)
Spike, nas HQs, seria um primo interiorano do Snoopy - na vida real, seria o cachorro que Schulz teve que inspirou o personagem. Houve uma época em que Snoopy (o Ryoki Inoue do mundo canino) viva escrevendo cartas de amor para uma personagem não identificada - essa personagem seria provavelmente um 'caso' de Schulz quando este era casado com Joyce. E por aí vai...
O livro é um lançamento da Harper Collins, sem previsão de lançamento por aqui, por enquanto. Taí, mais um para a série "Livros que não nos pedem pra ler na escola ou na faculdade".
Muito embora os herdeiros de CS digam que ele não parecia sorumbático como a análise de sua obra poderia denotar. Eu sei lá, a bem da verdade, devo ter lido bem pouco, porquê eu não achei as histórias tão tristes assim, sei lá, não é nenhum Os Ricos Também Choram...
Um blog sobre essa galera que habita as florestas e as cidades sem problemas com idiomas, enfim, esses e outros personagens de HQ, games e desenhos animados que nos cativam desde os tempos do Gato Phélix até hoje - os meus, e todos os seus concorrentes. Além de falar um pouco também sobre os aspectos técnicos desses personagens, afinal um dia eu ainda desenharei feito gente. Seja bem vindo ao mundo encantado de Igor C. Barros, e cuidado com o degrau!
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